Os Hebreus - Religião e Cultura: Ciência Hebraica (2ª parte)

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Ciência Hebraica (2ª parte)

Qualquer criança que tenha oportunidade de olhar para um morcego logo perceberá que não se trata de uma ave. No entanto os críticos dos antigos relatos hebraicos consideram os hebreus um povo tão obtuso que seria capaz de confundir um morcego com uma ave. Ou que fossem idiotas ao ponto de não saberem ao menos contar o número de patas de um inseto. Uma contradição num povo que alegadamente seria capaz de fazer recenseamentos da ordem dos milhares de pessoas. Se os hebreus não eram tão estúpidos, de onde se tirou esta ideia de que eles confundiam morcegos com aves e falavam que insetos tem quatro patas?




A resposta é simples. As conclusões de que os hebreus formariam um povo ignorante dos fatos naturais advém de traduções equivocadas que confundem os conceitos de uma antiga civilização com os nossos. E os ignorantes talvez sejam os que promovem tal confusão entre os conceitos.

A classificação especial dos animais, hoje chamada de taxonomia, tem se desenvolvido na medida em que descobrimos mais e mais características específicas que distingam os animais dentro de um determinado grupo semelhante. Mas a criação de uma nova especificação criada para contemplar uma diferença recém descoberta não significa que a antiga classificação mais genérica baseada em outras semelhanças estivesse cientificamente errada.

Embora a taxonomia seja um ramo relativamente recente da biologia, não é de hoje que o homem procura separar os animais em grupos específicos de acordo com as semelhanças observadas. Os hebreus também tinham sua maneira de classificar e separar os animais em grupos específicos. Mas eles basearam sua classificação dos animais quase que exclusivamente em seus sistemas de locomoção.

Então nós teríamos em hebraico basicamente os animais que se movem na água (dagah), os que voam (ohph), os que deslizam na terra (rehmes), e os que andam em solo seco (behemah). Os hebreus aparentemente não tinham uma palavra específica para designar as aves e diferenciá-las dos outros animais capazes de voar, ou se tinham, não a usaram nos escritos hebraicos que chegaram até nós. Assim todos os animais alados, tais como os insetos, os morcegos e as aves constam na classificação genérica dos animais que voam. Então quando fazem uma lista de animais que voam (ohph) seria cientificamente correto que incluíssem os morcegos nesta categoria.



Quando o texto hebraico se refere a "animais que voam (ohph) e andam de quatro" evidentemente não está se referindo às aves. Mas o próprio texto dá como exemplo as diversas espécies de gafanhotos e de grilos, esclarecendo que duas de suas patas são usadas para saltar e não para andar. E os diferencia de outros animais que voam e também andam de quatro, mas que não tem pernas próprias para saltar como seria o caso das diversas espécies de louva-deus por exemplo.

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